Quero que me leias
Com teu corpo
E todos os poros abertos...
Em arrepio.
Que me recebas inteira
Mesmo entre esboços
Do que ainda serei:
modelando-me.
Que proves meu sabor
E conheças meu veneno
Mas saibas apreciar,
Adocicando-te.
Que me acompanhes
Enquanto descobrimos
Essas estradas possíveis -
Experimentando-nos.
3 comentários:
Somos sempre
consumidores
canibais
vorazes
insanos
daqueles que amamos
Gostei muito.
aaah, sua poeta!
Criança...
Ora teu veneno é inócuo - couraças não sentem -, ora insuportável - por que não calas de uma vez?
Desista ou desista de crer que alguém poderá ver teu olhar: todos perdem-se na luz desses teus olhos que ofuscam um olhar de finesse (em ti) trágica.
Cala, bebe, transa e mente, mas não turve de esperança um jardim que nasceu para ser intangível...
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