quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Sou uma Deusa


Eu já fui tantas coisas tentando ser eu mesma, já me refleti em diversos espelhos achando que aquela era a minha imagem real. Já busquei amores e dores crendo que aquilo era do que eu precisava para me sentir viva e real. Hoje sei muito mais do que sou a partir de saber o que não sou. E crescendo com esse fluxo incessante da vida me permito aprender, enfim, a ser. É nessa jornada que eu pretendo levar vocês, a aprender a apenas ser quem realmente são: em sua melhor versão. A se olhar com amor e compaixão e pensar que tudo na vida é luz de aprendizado e amor. Até o que parece ser horrível, só está presente porque ainda temos sombras dentro de nós que precisam ser vistas e amadas. A existência é feita de contrastes, eles que dão forma e lembram que tudo é escolha. Que lado você escolhe alimentar?

Aprendi, finalmente, que sou uma deusa e assim sendo mereço só o melhor. E esse melhor vai depender daquilo que me permito receber, do que afinal me considero merecedora? Subi muitos degraus para chegar neste lugar onde só escolho amor, alegria, harmonia e luz. Daqui e na minha realidade só permito que o espelho reflita leveza e diversão, confiança e união. Não há mais espaço para críticas, reclamações, lamentações, vitimismo, desculpas e falta de atitude. Muito menos para a escassez – em todos os níveis. Foi intensa a minha jornada, a minha caminhada e daqui só vejo amorosidade em todas as lições que me forma necessárias para alcançar meu patamar de plenitude interior. E foi acima de tudo um compromisso comigo mesma de, haja o que houver, seguir crescendo e evoluindo. 

Eu alimento a luz dentro de mim e espalho o amor que vibra no meu ser. Esse manancial está disponível para todos, pois cada um tem acesso a isso dentro de si. Esquecemo-nos disso e vagamos, perambulamos e tropeçamos pelos obstáculos da vida que tenta desesperadamente nos mostrar que a felicidade está dentro – e não fora. O carro, a casa, os milhões de reais na conta bancária, o celular de última geração, o relógio master blaster, a bolsa de marca, a roupa caríssima não vão completar esse vazio que você mesmo não olha e não preenche com amor e aceitação. Depois disso, você pode escolher todas essas coisas, ou não – e está tudo certo. Não há problema em ter coisas, em ter luxo, em ter abundância. Mas que ela esteja principalmente dentro de cada um de nós. E que escolhamos a vida, as situações, os amores a partir dessa plenitude de ser quem se é e se amar desse jeito. De compreender nossos medos e escuridões e curá-los com amor. 

Afinal, se só damos o que possuímos e só atraímos o que vibramos ficam as perguntas: o que você está alimentando em si? O que você está escolhendo? O que você está emitindo para o universo?

Gratidão pelo partilhar dessa linda jornada que é a vida. Amor e luz.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Calar

Calar a paisagem que se mostra ao meu redor. Tudo está tão nítido e me ocupa em todos os espaços que mal encontro um lugar vago para respirar. Está tudo tão estranho ao meu paladar, tudo tão metamórfico, tão misteriosamente abstrato e eu me lembro de em algum lugar em que eu não era nada mais do que um ponto no vazio do espaço-tempo.

São tantas e absurdas tonalidades de cores que eu mal consigo focar em uma dimensão. Eu tento capturá-las, mas elas são livres e flutuam com amorosidade em torno de mim. Parece um conto de fadas, desses que a gente repete a dose e não esquece o final. Dessa vez não vejo ponto, nem final, nem desfecho. Nada parece seguir uma linha imaginária linear ou passível de ser captada em sua realidade. Real? Como descrever como real o que acontece aqui? Na imaterialidade desse sonho vívido tudo é absolutamente real num sentido cinéstesico que não se pode abraçar fisicamente. Eu apenas sou - misturada entre tudo ao mesmo tempo em que observo o desenrolar dessa trama.

Por quê em alguma instância eu iria querer calar tudo isso? Pelo medo de não-controle? Por não ter noção de onde tudo isso vai levar? Por escolher viver nesse mundo sistemático e bicolor? Talvez... em algum lugar do passado, onde eu não tinha vivenciado essa multiplicidade - eu escolhesse viver a vida em tonalidades cinza. Se eu não conhecesse essa paisagem, quem sabe. Talvez eu buscasse ainda me enquadrar nessa caixinha pequena onde tantos se colocam de cara para o canto e se dizem felizes. Já estive nessa busca e agora só busco a beleza da paisagem onde o horizonte é o único final e limite visível e compreensível. O amor, a vida, o cotidiano pode ser mágico. Mas, posso dizer pra vocês? A magia mora dentro. Infelizmente muitos buscam desesperadamente em coisas e corpos o que reside dentro e é de fácil acesso. 

E eu? Sou fada da minha própria existência. Eu moro nas cores e só aceito o extraordinário fluir como opção. Não me venha pedir pra ser de concreto e olhar as coisas de forma fixa e séria. Eu danço, eu voo. Não me encaixo e ao mesmo tempo eu retroalimento os seres que vivem nesse caos. Daqui eu dou risada - e não é deboche. É delícia, é vida, é uma gota a mais de sabedoria saboreada no canto da boca. Eu vivo. E seguirei... sem calar. Sem pausar a minha caminhada.