domingo, 2 de setembro de 2018

Borboletas no estômago


Calo-me, pois já não tenho nada a dizer
Apenas calo
Todas as intenções, todas as palavras... 
Emudeço num mar de verborragias mentais {entre tantas pessoas querendo seu lugar ao sol}
Eu só sei me encontrar
E desse lugar que galguei com muito esforço
Apenas observo
Essas pessoas todas alvoroçadas por qualquer tipo de assunto
Fugindo de si mesmas.

Não sou perfeita, nem sou feita de aforismos
Sou carne, osso e borboletas no estômago
Ouso sonhar e dançar entre meus livros
Já não sei mais fingir que não me importo
Sussurro verdades ao vento para alguém ouvir
E uivo desejos vitais
Mas quem pode afirmar que o amanhã será melhor?
Serei ainda eu, novamente. Mais uma vez.

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