Pois é, assunto complexo de se tratar - tenho um amigo que diz que o amor não foi feito para ser pensado, pesado, medido e sim para ser sentido (romântico não? Ainda existem homens assim...); entretanto me disponho aqui a questionar a falibilidade do raciocínio do nosso órgão cardíaco. Está bem, dirão que me equivoco se há algum tipo de raciocínio num músculo determinado a bater sem cessar (estou considerando a vida apenas...), mas quem nunca sentiu um aperto no peito quando tomou um fora ou o coração acelerar na previsão de um acontecimento digno de registro que me desculpe. Então dirijo-me aos que possuem um coração que "pensa" além de sentir... mesmo que se formos racionalizar tudo isso me repitam que quem "sente" é o cérebro e o corpo ao reagir, bem, aí entra o coração.
Amar é muito mais que querer ficar grudado na pessoa como um chiclete e querer tornar-se uno com aquele que nos povoa os sonhos, mais que achar lindo tudo o que a pessoa faça (como um amigo disse: "ela coloca o dedo no nariz, que bonitinho! E aí um tempo depois tu olha e diz que nojo!"), mais que aceitar todos os defeitos (por mais irritantes que sejam)... mas pode-se dizer que engloba itens similares a estes.
Mas aí começo a tecer um comentário muito particular quando digo que amar é deixar um pouco de nós de lado e voltar-se ao outro e isso demanda esforço, escolhas e deixar os medos de lado. Pra se entregar para um sentimento assim é provável que tenhamos que ultrapassar alguns muros em nós, altos, de experiências passadas. Mesmo assim, nesse intento de vivenciar o algo-a-mais que o amor proporciona acabamos muitas e muitas vezes com a cara no chão: olhar para a pessoa e pensar que tudo o que você supôs sobre ela, você e ela e um futuro a dois era pura ilusão de quem queria mas não tinha...puxa, dói! E ter que pôr fim a isso porque você está cansado de brigas, de climas e de se sentir "torto" no mundo: p#%%@, dói! Muito! Porém você está decidido, pensou muito, pesou tudo e pôs na balança do lado contrário ao sentir e, nossa!, muita diferença pra fechar os olhos e fingir que nada está acontecendo ou pensar em "apertar uns parafusos" da relação para as coisas se acertarem por mais um tempo. Vai acertar? Não! Porque se andamos com velocidades diferentes e forçamos um andar lado-a-lado, ora sim ora também esses "parafusos" irão se soltar.
A maioria das pessoas fica com a outra e quer "acertá-la" com o tempo. Cara, não vou e nem quero acertar ninguém! Isso me faz pensar que há algo sendo forçado a acontecer e eu não faço NADA a força! Se é para estar com alguém, poxa, que flua tudo num boa desde o princípio e se a pessoas tem defeitos (invariavelmente acontece, todos os têm), eu também os tenho - aí entra a hora do "estar de olhos bem abertos e observar com frieza" para pesar na balança (tipo um futurômetro) constatando compensações entre qualidades e defeitos; já que se há uma compensação razoável e equilibrada podemos então aplicarmo-nos de fato ao futuro.
Será que estou sendo muito racional nesse papo? É a minha visão, não necessariamente a verdade, não necessariamente o que funcione de fato pois são infinitas as variáveis no amor - mas é o que levo em conta na hora de decidir se vale a pena ou não...
O cara é super caseiro e por mais que eu tenha meus momentos de ficar em casa (quem não curte o aconchego do lar) sinto uma necessidade grande de dar umas voltas e estar rodeada de pessoas, bem, isso se torna um fator negativo. Eu amo sair pra dançar e estou há mais de ano com o cara e ele não se movimentou para sairmos pra dançar, bom, isso demonstra que o cara não tem tesão pela coisa e sim é um fator negativo (não estou dizendo que o cara tem de amar ficar rebolando comigo na pista, mas ir comigo e dançar um pouco faria toda a diferença). Eu gosto de conversar sobre arte, música, literatura, filosofia, religião e mais o que "rolar na mesa" na hora e o cara abomina estes assuntos e não abre espaço para outros, geeeente, do que vamos conversar? "como foi seu dia"? O cara é super prático, lógico, objetivo e exige ação e eu sou meio sonhadora, divagante, indecisa e questiono tudo para depois aplicar - pronto!, é briga na certa. Eu sou um ser muito cinestésico e tenho necessidade de toque, carinho, beijo e ele tem dificuldades em dar carinho e admite que provavelmente não vá mudar...bom, isso faz muita diferença. Ele diz que as coisas que eu gosto e acredito (que têm muita influência na pessoa que SOU) são bobagem? ... aff! Preciso aumentar a lista?
Na minha visão de relacionamentos e amor, os opostos se atraem mas não se mantém...é triste mas nas minhas observações este quesito têm total importância: a similiaridade entre as pessoas - se gostamos e acreditamos basicamente nas mesmas coisas ou em coisas muitos próximas não teremos muito atrito. É claro que não quero encontrar uma cópia de mim, até porque como um amigo disse ("o que eu vou aprender comigo mesmo?") - e em relacionamentos, mesmo que terminem, aprendemos muita coisa é por esta troca e caminhar contíguo que vale o risco de "quebrar" o coração (somadas a isso todas as ilusões e planos que vão junto embora).
Quanto mais a gente ignora os fatores de uma "falha de análise" e consequentemente fim de relacionamento, mais demora para curar-se e "peneirar" o que queremos de fato do que tivemos e encarar o que faltou (os vazios dizem muito sobre a nossa personalidade e nossas necessidades).
Dá vontade de se esconder debaixo da cama? Ahhh, se dá! Mas garanto que não vai acontecer nada de ruim e também nada de emocionante...você quer uma vida de escolhas e "fracassos" ou uma bem monótona sem opções, riscos, decepções mas também sem tudo o que é bom e faz a gente sentir que está bem vivo?
Amar é muito mais que querer ficar grudado na pessoa como um chiclete e querer tornar-se uno com aquele que nos povoa os sonhos, mais que achar lindo tudo o que a pessoa faça (como um amigo disse: "ela coloca o dedo no nariz, que bonitinho! E aí um tempo depois tu olha e diz que nojo!"), mais que aceitar todos os defeitos (por mais irritantes que sejam)... mas pode-se dizer que engloba itens similares a estes.
Mas aí começo a tecer um comentário muito particular quando digo que amar é deixar um pouco de nós de lado e voltar-se ao outro e isso demanda esforço, escolhas e deixar os medos de lado. Pra se entregar para um sentimento assim é provável que tenhamos que ultrapassar alguns muros em nós, altos, de experiências passadas. Mesmo assim, nesse intento de vivenciar o algo-a-mais que o amor proporciona acabamos muitas e muitas vezes com a cara no chão: olhar para a pessoa e pensar que tudo o que você supôs sobre ela, você e ela e um futuro a dois era pura ilusão de quem queria mas não tinha...puxa, dói! E ter que pôr fim a isso porque você está cansado de brigas, de climas e de se sentir "torto" no mundo: p#%%@, dói! Muito! Porém você está decidido, pensou muito, pesou tudo e pôs na balança do lado contrário ao sentir e, nossa!, muita diferença pra fechar os olhos e fingir que nada está acontecendo ou pensar em "apertar uns parafusos" da relação para as coisas se acertarem por mais um tempo. Vai acertar? Não! Porque se andamos com velocidades diferentes e forçamos um andar lado-a-lado, ora sim ora também esses "parafusos" irão se soltar.
A maioria das pessoas fica com a outra e quer "acertá-la" com o tempo. Cara, não vou e nem quero acertar ninguém! Isso me faz pensar que há algo sendo forçado a acontecer e eu não faço NADA a força! Se é para estar com alguém, poxa, que flua tudo num boa desde o princípio e se a pessoas tem defeitos (invariavelmente acontece, todos os têm), eu também os tenho - aí entra a hora do "estar de olhos bem abertos e observar com frieza" para pesar na balança (tipo um futurômetro) constatando compensações entre qualidades e defeitos; já que se há uma compensação razoável e equilibrada podemos então aplicarmo-nos de fato ao futuro.
Será que estou sendo muito racional nesse papo? É a minha visão, não necessariamente a verdade, não necessariamente o que funcione de fato pois são infinitas as variáveis no amor - mas é o que levo em conta na hora de decidir se vale a pena ou não...
O cara é super caseiro e por mais que eu tenha meus momentos de ficar em casa (quem não curte o aconchego do lar) sinto uma necessidade grande de dar umas voltas e estar rodeada de pessoas, bem, isso se torna um fator negativo. Eu amo sair pra dançar e estou há mais de ano com o cara e ele não se movimentou para sairmos pra dançar, bom, isso demonstra que o cara não tem tesão pela coisa e sim é um fator negativo (não estou dizendo que o cara tem de amar ficar rebolando comigo na pista, mas ir comigo e dançar um pouco faria toda a diferença). Eu gosto de conversar sobre arte, música, literatura, filosofia, religião e mais o que "rolar na mesa" na hora e o cara abomina estes assuntos e não abre espaço para outros, geeeente, do que vamos conversar? "como foi seu dia"? O cara é super prático, lógico, objetivo e exige ação e eu sou meio sonhadora, divagante, indecisa e questiono tudo para depois aplicar - pronto!, é briga na certa. Eu sou um ser muito cinestésico e tenho necessidade de toque, carinho, beijo e ele tem dificuldades em dar carinho e admite que provavelmente não vá mudar...bom, isso faz muita diferença. Ele diz que as coisas que eu gosto e acredito (que têm muita influência na pessoa que SOU) são bobagem? ... aff! Preciso aumentar a lista?
Na minha visão de relacionamentos e amor, os opostos se atraem mas não se mantém...é triste mas nas minhas observações este quesito têm total importância: a similiaridade entre as pessoas - se gostamos e acreditamos basicamente nas mesmas coisas ou em coisas muitos próximas não teremos muito atrito. É claro que não quero encontrar uma cópia de mim, até porque como um amigo disse ("o que eu vou aprender comigo mesmo?") - e em relacionamentos, mesmo que terminem, aprendemos muita coisa é por esta troca e caminhar contíguo que vale o risco de "quebrar" o coração (somadas a isso todas as ilusões e planos que vão junto embora).
Quanto mais a gente ignora os fatores de uma "falha de análise" e consequentemente fim de relacionamento, mais demora para curar-se e "peneirar" o que queremos de fato do que tivemos e encarar o que faltou (os vazios dizem muito sobre a nossa personalidade e nossas necessidades).
Dá vontade de se esconder debaixo da cama? Ahhh, se dá! Mas garanto que não vai acontecer nada de ruim e também nada de emocionante...você quer uma vida de escolhas e "fracassos" ou uma bem monótona sem opções, riscos, decepções mas também sem tudo o que é bom e faz a gente sentir que está bem vivo?
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