terça-feira, 31 de agosto de 2010

De textos antigos...

De textos antigos ficam os restos, os rasgos, as frestas de nosso ser. Entregamo-nos aos poucos nos vazios que deixamos a preencher, nas reticências a enfeitiçar o pensamento alheio. Nas palavras ficam as sutilezas - detalhes de nosso macro em microtons. E tentamos ser autênticos sempre enquanto engasgamos entre as emoções que nos saltam às borbulhas. Nos antigos relatos quase expomos o osso apesar de ensaiarmos um tangenciamento das feridas. 

{Ao olhar o que já tracei em linhas me vejo mais nua, mais crua e sem tantas camadas de proteção. Entretanto me vejo mais afoita por respostas e com menos 'traquejo' para as lições do cotidiano.}

Um comentário:

Felipe Carriço disse...

"Dos textos antigos ficam os resto."

O mais interessante de ler textos antigos é exatamente isso: descobrir camadas que, bem ou mão, foram sepultadas.